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Respirar pela boca é normal?

Respirar pela boca é normal?

Não! O esperado é que a criança respire predominantemente pelo nariz. Respirar pela boca é um sinal de que algo não vai bem.

A respiração pela boca, conhecida como respiração oral, inicia-se geralmente a partir de um processo obstrutivo do nariz. Em crianças, as causas mais frequentes são o aumento das tonsilas (adenoide e/ou amígdalas) e a presença de alergias respiratórias (rinite). Mesmo depois de sanada a causa, a criança pode manter a respiração oral por hábito.

Embora seja um dos problemas mais comuns da infância, nem sempre é percebido pelos pais.

Respirar pela boca por muito tempo durante a infância pode causar uma série de problemas para a criança.

Tente lembrar-se de como você fica quando está com uma obstrução nasal durante um resfriado. Como é difícil dormir, se alimentar, fazer atividades físicas. Agora imagina isso acontecendo com uma criança durante meses ou até mesmo anos seguidos.

Quais os sinais de que meu filho respira pela boca?

O primeiro sinal de alerta é se você observa que seu filho permanece com a boca aberta durante atividades silenciosas como assistir TV, ouvir uma história, montar um quebra cabeça, desenhar.

Observe também com atenção o sono de seu filho. Além de dormir de boca aberta, a presença de respiração ruidosa, ronco, baba no travesseiro, acordar com a boca seca e com sede, são sinais de respiração oral noturna.

Durante as refeições, comer de boca aberta, preferência por alimentos macios, mastigar pouco os alimentos e engasgar com alimentos mais secos, podem sinalizar a presença de respiração oral.

Presença de olheiras, bochechas caídas, lábios ressecados e narinas estreitas também estão na lista de sinais que podem indicar para a presença de respiração oral.

Normalmente não gostam muito de esportes e atividades físicas, como correr, jogar bola, andar de bicicleta, por se cansarem rapidamente.

 

Quais os problemas que respirar pela boca pode causar?

O nariz funciona como um filtro de ar, que além de barrar a entrada de corpos estranhos, aquece e umidifica o ar. Quando a respiração ocorre pela boca, todas as impurezas, incluindo vírus e bactérias, penetram mais facilmente no organismo da criança e ela passa a ter maior chance de desenvolver infecções das vias aéreas superiores (ouvido, nariz e garganta).

Ao respirar pela boca, há uma menor oxigenação cerebral e a criança não descansa o suficiente durante o sono. Fica mais sonolenta durante o dia, irritada, desatenta, o que pode inclusive interferir em seu desempenho escolar.

Crianças que passam os primeiros anos de vida respirando predominantemente pela boca podem desenvolver problemas nas arcadas dentárias e no crescimento da face, que está em pleno desenvolvimento nesta fase.

Na busca para conseguir respirar, a mandíbula tem que ficar rebaixada e pode haver compensações da coluna cervical, cintura pélvica, joelhos e pés em busca de equilíbrio corporal.

Para conseguir respirar, a boca deve ficar aberta e a língua rebaixada no assoalho da boca. Com isso, a musculatura dos lábios, língua e bochechas fica mais flácida, prejudicando a fala. Em respiradores orais é comum encontrarmos uma fala imprecisa, “embolada”, com distorções principalmente na emissão dos sons do S e Z (leia o artigo sobre ceceio).

Quando o nariz não funciona adequadamente, o ouvido passa a não ser arejado como deveria. Pode haver acúmulo de líquidos e secreções no ouvido, prejudicando também a audição.

Baixo peso e inapetência são outros problemas comumente relatados pelos pais de crianças respiradoras orais. Ao respirar pela boca a criança não sente o cheiro dos alimentos e o paladar também fica prejudicado. Além disso, precisa mastigar os alimentos e respirar pela boca ao mesmo tempo. Isso faz com que coma muito devagar ou engula os alimentos rapidamente, sem mastigá-los.

 

Quando procurar um especialista?

Não é preciso ter todas as alterações citadas anteriormente para procurar uma ajuda especializada. Quanto mais cedo for identificado o problema respiratório e tratada a sua causa, menor o risco de deixar problemas na face, fala, audição e aprendizagem.

Converse com o pediatra de seu filho e, se necessário, agende uma consulta com um médico otorrinolaringologista ou alergista. O tratamento poderá ser clínico e/ou cirúrgico, dependendo de cada caso.

Solucionada a causa do problema respiratório, pode ser necessário acompanhamento fonoaudiológico para reeducação da respiração nasal, fortalecimento da musculatura da boca e face e adequação dos padrões de mastigação, deglutição e fala.

 

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