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Gagueira infantil: 10 mitos e verdades

Gagueira infantil: 10 mitos e verdades

A gagueira é uma alteração da fluência da fala envolta em muitas crenças e mitos, o que pode atrasar a busca por tratamento adequado. A melhor postura dos pais frente a uma dificuldade de seu filho é estudar e se informar sobre o assunto com especialistas na área. Vale a pena ler e entender sobre estes mitos.

 

1) 

O mito: A gagueira é um hábito adquirido por imitação.

A verdade: Ninguém adquire a gagueira por conviver com uma pessoa que gagueja. A gagueira surge em crianças que, de alguma forma, apresentam uma predisposição genética ou cerebral para tal.

 

2)

O mito: A criança gagueja porque quer chamar a atenção dos pais.

A verdade: A gagueira é involuntária. A criança não gagueja porque deseja ou porque quer chamar a atenção de seus pais.

 

3)

O mito: A criança começou a gaguejar depois do nascimento do irmão, porque ficou com ciúmes dele.

A verdade: A aparente relação entre o início da gagueira e o nascimento de um irmão é mera coincidência. A gagueira geralmente surge por volta dos 2-3 anos de idade, época em que em muitas famílias há o nascimento de outro filho.

 

4)

O mito: A criança começa a gaguejar por excesso de cobrança dos pais.

A verdade: Os pais não são os responsáveis pela gagueira de seus filhos, embora algumas atitudes possam piorar a gagueira (p. ex. dizer para a criança parar, pensar antes de falar ou ficar calma). O ambiente familiar desempenha papel importante na recuperação da gagueira, mas não no surgimento. Por isso, é muito importante que os pais adotem atitudes que promovam a fluência.

 

5)

O mito: A criança gagueja, porque pensa mais rápido do que fala.

A verdade: A velocidade do pensamento não pode ser a causa da gagueira, porque todo mundo pensa mais rápido do que fala e nem todos gaguejam.

 

6)

O mito: Nervosismo, ansiedade, insegurança, timidez e baixa autoestima causam gagueira.

A verdade: Fatores psicológicos não são a causa da gagueira, mas podem agravá-la. Algumas pessoas com gagueira podem apresentar ansiedade, insegurança, timidez e/ou baixa autoestima para falar, como consequência de experiências comunicativas negativas e não o inverso.

 

7)

O mito: Se a criança começar a gaguejar, é melhor fazer de conta que nada está acontecendo para que ela não tome consciência do problema.

A verdade: Desde muito cedo a maioria das crianças percebe que algo diferente está acontecendo em sua fala. Falar abertamente sobre sua gagueira fará com que ela sinta o apoio dos pais e abertura para falar sobre suas dificuldades. A “conspiração do silêncio” em torno da gagueira pode contribuir para aumentar as dificuldades.

 

8)

O mito: Se a criança começou a gaguejar, é só esperar que passa.

A verdade: Boa parte das crianças que começa a gaguejar melhora espontaneamente até 3 meses após o início das rupturas. Contudo, se surgir de forma muito intensa, ou persistir além deste período, é fundamental realizar uma avaliação com fonoaudiólogo especializado em fluência. A intervenção precoce especializada é a melhor conduta.

 

9)

O mito: Ajuda dizer à criança que está gaguejando para ficar calma, relaxar, respirar fundo ou pensar antes de falar.

A verdade: Tais conselhos não promovem fluência, além de poder aumentar as rupturas. Reações úteis são esperar a criança terminar de falar, não completar sua fala e procurar falar com ela de modo mais calmo, lento e articulado.

 

10)

O mito: Obrigar a criança a ler em voz alta na sala de aula faz com que ela perca a timidez e o medo de falar.

A verdade: A timidez e o medo de falar podem ser consequências e não a causa da gagueira. Em geral, a criança sabe que poderá gaguejar e que não consegue impedir que isto ocorra. Obrigar a criança a ler em voz alta na sala de aula pode contribuir para piorar o problema. Ler em coro com o grupo pode ser uma boa estratégia de treino de leitura.

 

Baseado em Merlo S, Silva H e Ribeiro IM.

Saibam mais sobre estes mitos em www.gagueira.org.br

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O que é uma sessão de devolutiva?

Ao final do processo de avaliação que se inicia com a entrevista com os responsáveis e continua com a avaliação da criança propriamente dita, temos a sessão de devolutiva da avaliação. Consideramos esta uma das sessões mais importantes.
Nesta sessão apresentamos o relatório da avaliação. Lemos o resumo dos dados obtidos na anamnese, confirmamos algumas informações e acrescentamos outras perguntas que possam ter surgido após o contato direto com a criança. Mostramos os resultados da avaliação, verificamos se está de acordo com a percepção da família e esclarecemos as dúvidas. Damos o diagnóstico fonoaudiológico e falamos sobre a conduta indicada naquele momento. Por fim, orientamos a família sobre como proceder em casa em relação às dificuldades apresentadas pela criança e como podem criar uma rotina e um ambiente comunicativo mais favorável ao seu desenvolvimento.